quinta-feira, 21 de julho de 2022

Portugal não evolui!

 Portugal a regredir!

    Depois de tanto tempo sem vir cá (típico de mim) voltei com um assunto que há muito me incomoda e prevejo que continuará a incomodar…

    É mais que sabido que o nosso pequeno país que tem tantas coisas grandes e boas, não acompanha a tecnologia nem a evolução daquilo que a internet nos poderia fornecer. De quem será a culpa?! Provavelmente vai morrer solteira

    Sou uma pessoa que cada vez mais utiliza as vantagens da internet e de tudo o que ela nos pode proporcionar, desde tratar de assuntos a resolver problemas usando sempre as plataformas online fornecidas pelas entidades competentes, o que já é muito bom e só não funciona em pleno, porque infelizmente a nossa população começa a ficar envelhecida e nas terrinhas em que nem sequer internet lá chega, torna-se impossível as pessoas aderirem mais, principalmente quando não existe um acompanhamento ou até um ensinamento para isso. Não desvalorizando as relações interpessoais porque não devemos deixar de convivermos uns com os outros pessoalmente e em sociedade, encontro-me desiludida.

Gostando eu de escrever como gosto e tendo eu o meu tempo bastante ocupado, sempre procurei plataformas onde pudesse escrever artigos e isso até chegou a ser possível e o mais espantoso de tudo isto, é que se tratava de uma plataforma portuguesa! De tempos a tempos eram enviados uma seleção de títulos de artigos, que podiam ser escolhidos pelas pessoas inscritas, como eu e depois de selecionados. A partir daí, havia um prazo estipulado para a entrega dos artigos, uma estrutura a seguir na construção deste e depois da entrega, havia uma avaliação. O artigo podia ser logo aceite, podia ser pedido que fosse corrigido e não aceite. Mas o que é certo é que dali eu podia dar asas a um hobby que adoro fazer nos meus tempos livres: escrever. Nada de muito extenso mas que fosse objetivo e que elevasse a minha cultura e no fim, ainda recebia dinheiro. Eram artigos escritos por nós, e publicados noutras plataformas sem que fosse atribuído o nosso nome, mas isso não me importava, eu queria era escrever e se com isso pudesse receber alguns trocos, ótimo então!

Mas, como seria de esperar em Portugal, a plataforma deixou de enviar artigos e apesar de ainda estar presente nas redes sociais, creio que suspendeu mesmo os seus serviços, algo a que espero uma resposta da mesma há mais de um ano.

O que é que acontece quando, pessoas como eu, que gostam de escrever e de retirar o máximo de proveito que podem da internet, pesquisam sobre: "escrever artigos online"? Uma avalanche de sugestões de sites e plataformas onde isso é possível. Escrever para outras plataformas, escrever para outras pessoas, prestar serviços de freelancer, de tradutor, de tudo e mais alguma coisa mas…  sim, claro que existe um "mas", (porque estamos em Portugal, um país que eu adoro por tanta coisa boa que temos, mas tão mal aproveitado) são muito poucas ou nenhumas as plataformas portuguesas… existem imensas plataformas brasileiras, americanas onde o escrever online e trabalhar online é uma realidade e em muitos casos, bastante rentável, mas essa não é a realidade em Portugal. Portugal está muito aquém desta realidade, desta predisposição, deste investimento. E por muito que existam pessoas como eu, que gostariam que houvesse mais dessas oportunidades, quando nos inscrevemos nessas plataformas e apresentamos o nosso currículo e os nossos artigos já publicados, é obvio que os nossos serviços raramente são procurados porque a preferência é sempre contratar alguém do mesmo país e de preferência, com a mesma língua.

Eu podia prolongar este assunto a outras áreas inexploradas por Portugal no mundo da internet e de tudo o que pode ser retirado de bom do seu uso mas creio que a minha ideia principal já cá ficou. É óbvio que para existir esta evolução no mundo tecnológico e no uso da internet, também deve haver uma evolução psicológica e da mentalidade das pessoas mas julgo que o principal fator é a falta de investimento, o que é pena para este país, pois as gerações futuras, começando já nos nossos filhos, sentem-se cada vez mais atraídos por esse mundo de infinitas possibilidades o que no futuro os obrigará em muitos casos, a prestar o seus serviços fora de Portugal.

Creio que é algo para pensarem…


protega-se

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